segunda-feira, 15 de junho de 2009

Velhos Tempos 14

“Deuses do Abismo,
Deuses do Caos,
Num último ato de heroísmo,
Me lanço ao abismo!

“Deixei a mortalha cair
E a verdade a meus olhos afligir.
Desgraça! Mentira!
Mia vida é uma casca vazia!

Porquê lutei?
Porquê amei?
Porquê tanto assim errei?
Será que nesse tempo todo
Eu pequei?

Deuses do Caos, ouvi este condenado!
Eu desisti, já estou danado!
Peço a vós, oh deuses grandiosos,
Que, em meio a cantos chorosos,
Acalentem minh’alma no Fosso!”

("Canção do Condenado", Conde Darkheart)

Velhos Tempos 13

“Não existe azar ou sorte,
Existe apenas a vida e a morte.
Não existe realidade,
Existe apenas uma inverdade,
Uma terrível maldade,
Que resiste à eternidade.

“Não existe este mundo,
Ele é apenas uma verdade
Dita por um mudo...

“Não existe a calmaria,
Ela nada mais é
Do que uma profana romaria.
Talvez não seja maldade,
Mas isso não é minha verdade!

“Como isso foi acontecer?
Juro que nada mais irei fazer,
Pois eu não posso,
Eu não consigo,
Ver esta tal verdade...”

("Hino-Verdade", Conde Darkheart)

Velhos Tempos 12

“Oh Deuses Antigos,
Dá-me tua sabedoria
Neste momento de agonia!

“Meu sangue pelos pulsos corre
Lavando este velho chão,
Poluindo de Morte,
Desgraça e Danação!

“Vida minha sem valor,
Dou-lhes como tributo!
Atendam meu desejo, por favor!

“Aniquilem esses tolos
Que uma vez mais me enfrentaram!
Meus servos, todos mortos,
Querem vingança daqueles que os amaldiçoaram!

“Vinde a mim, Grandes Antigos!
Destruam esse mundo!
Acabem com este momento
E destruam tudo!”

("Súplica", Conde Darkheart)

Velhos Tempos 11

“Oh Sombra Antiga,
Carruagem dos Deuses Mortos,
Vinde a mim, Mestres do Tempo,
E decidam o futuro!

“Caminhos tortuosos descortinam,
Mostrando a mim o terror
Minhas opções findam,
Não tenho mais do que um corredor...

“Esta trilha escura não tem fim,
A fuga está longe de mim.
Tal verdade me aflige,
É tão terrível quanto a questão da Esfinge!

“Oh Deuses Mortos, ouçam teu servo!
Mergulhado na loucura aqui estou!
Oh Antigos, salvai-me!
Suportar tal desgraça não posso mais!

“Meu futuro vislumbrei,
E nele nada gostei.
Esta linha maldita hei de quebrar,
E ninguém de mim há de lembrar!”

("Futuro Insano", Conde Darkheart)

Velhos tempos 10

“Ascenda do Caos,
Oh grandes deuses!
Venham das Trevas
Oh poderes eternos!

“Que o tempo
Amargue teus sentimentos,
E que mergulhada no tormento
Tu fiques mais a cada momento!

“Tua face, doce engano.
Tua pele, puro desejo.
Tua paixão, grande mentira!

“Simbolizo, com um leve aceno,
Neste fúnebre cortejo,
O pedido de que sofrar no tormento!”

("Cortejo", Conde Darkheart)

Velhos Tempos 9

“Oh Sombra Maldita,
Dominante, Invencível!
Comandante de feras
Que dominam as Trevas!

“Por entre as tumbas,
Cobertas de limo,
Exalando um perfurme de morte
E deixando na minha garganta o grito...

“Ainda correndo nas Trevas,
Tomado pelo medo,
Continuo gritando, sofrendo!

“Minh’alma se quebra,
E mergulhada na Treva,
Só consigo morrer!”

("Tortura", Conde Darkheart)

Velhos Tempos 8

“Névoa antiga que cobre meus olhos,
Seres malditos, mestres do universo,
Permitam a volta da minha visão
Pois não aguento mais essa mentira!

“Uma dor aguda pulsa em meu peito,
Fazendo esse velho corpo fraquejar...
Essa carne, podre e frágil,
Sofrer não pode mais!

“Sinto que minha vida se esvai
Por entre o sangue que de mim flui,
Escorrendo por esse chão sujo e amaldiçoado...

“Sei muito bem o que me espera,
Mas desejo que, nesta terra,
Nenhuma vida se levante mais!”

("Vontade", Conde Darkheart)

Velhos Tempos 7

“Oh terra morta,
Cansada de sofrer.
Dá-me tua força
E aniquila meu inimigo!

“Corri por tanto tempo
E percebo que nada tive
De recompensa e verdade,
Pois sempre existia esta Mácula de Maldade!

“Meus atos, por mais puros,
Sempre se tornam ritos
Tornando algo bom em algo maldito!

“Continuo por essa terra,
Pois neste caminho minha alma ainda espera
Fugir desta maldição eterna!”

("Busca", Conde Darkheart)

Velhos Tempos 6

“Força maldita, criadora do universo,
Deuses Mortos esquecidos pelo tempo,
Ouçam agora meu lamento, meu remorso,
Meu Hino Agourento!

“A meus pés está o sangue
Daqueles que enfrentaram o tempo.
Seu único destino agora
É morrer no Limbo, no tormento!

“Seus gritos, nestas câmaras,
De dor, morte e sofrimento;
Suas vozes unas em um canto agourento...

“Pelas eras morrerão,
E todo o terror sentirão,
Por trazer Mau Agouro a meu reino!”

("Mau Agouro", Conde Darkheart)

Velhos Tempos 5

“Oh seres esquecidos,
Aqueles que nunca poderão morrer,
Ergam-se em meu nome!

“Denominem da forma que melhor conver
Mas é nisso que ainda se pode crer,
Pois, nesse mundo podre e destruido,
Até mesmo seu espírito já se sente exaurido...

“Minha fúria só demonstra o que está a minha volta,
Um sentimento tão terrível que não pode ser contido.
Só posso demonstrar uma mínima parte da revota
De algo tão antigo, que não quer ser morta.

“Minhas palavras podem ser loucura,
Ou o símbolo da verdade,
Mas juro que tornarei meu ódio realidade!”

("Hino de Revolta", Conde Darkheart)

Velhos tempos 4

“Lamúria antiga, mergulhada em treva,
Ouça esse lamúrio e leva
Minh’alma agora desperta.

“Minha esperança tudo releva,
A sombra, nesta terra,
A tudo mata com teu manto desesperado.

“Mas aqui, tão parado
Vejo meu sonho levado
Para terras além de mim.

“Vejo que o mal se aproxima
E meu coração logo anuncia
Que agora já é hora tardia...”

("Lamento da Hora Tardia", Conde Darkheart)

Velhos Tempos 3

“Desiludido, caminho
Pelo infinito, destino,
Sempre seguido,
Sozinho,
Por aquilo que um dia foi esquecido.

“Ridículo
Vazio, perdido, tolo.
Zombo, tombo,
Mas não desisto.

“Minha sina? Minha dívida?
Não, não querida
Está apenas perdida,
Apagada, esquecida.

“Poderia eu, um dia, perguntar
Novamente ter minha vida?”

("Hino de Dúvida", Conde Darkheart)

velhos tempos 2

“Reinos mortos destruídos pelo tempo,
Ouçam novamente meu tormento!
Deuses Mortos malditos
Abençoem novamente meus ritos!

“Retorno novamente ao cemitério,
Procurando meu leito.
Mesmo percebendo meu mérito
Meu prêmio foi só tormento!

“Em minha lâmina reside a dor
Daqueles que, no embate,
Tombaram com louvor!

“Mas agora, aqui em meu leito,
Ainda guardo o receio
De que, mesmo morto, só terei tormento!”

("Soneto ao Tormento", Conde Darkheart)

Velhos tempos...

“Sangue maldito,
Carne morta.
Elementos negros regidos pelo tempo,
Ouçam agora meu hino de tormento!

“Oh, maldição eterna,
Por que não posso tê-la!
Teu aroma de campo novo
A mim se torna de terra morta!

“Face bela esculpida pela mão divina
Só poder contemplar é minha sina,
Pois essa espera minh’alma assassina!

“Prefiro a morte eterna,
Do que esta maldita espera,
Pois ela meu amor renega!”

("Hino ao Tormento", Conde Darkheart)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

otra!!!!

"Voz que os inocentes atormenta
E que os fracos de alma tenta,
Definha essa máscara
E revela a cara
Desse pobre demente!

"Ah carne que sofre,
Por dor, por sorte,
Que da Dama Morte
Sente o toque...
Toque tão frio, tão horrível
Sentido insensível,
Que tudo domina...

"Ouço ao longe um pranto
De desespero, de Medo.
Mia alma duvida
Mas por formação vazia
Dou vazão a uma agonia
Uma sina que me segue
Quase num tom herege...

"Mas não passa de cinismo!
É um mero terrorismo
Que a volta se faz
E num momento fugaz
Mia mente acorda
E da verdade recorda,
Tentando fugir desta roda
De que, uma vez mergulhado,
Retorno não mais há...

("Sentimento", Conde Darkheart)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Mês novo, machucado novo...

Após um tempo reconstruindo minha perna e minha coluna, mando a meus (escassos) fãs mais uma obra:

"Alma que entre as pedras corre,
Carne que a lua abençoa,
Mia sombra nos céus escreve
Entre nuvens de escuro cerne
Coisas que olhos nâo podem ver...
X
"Como algo assim acontece
Se a mente não padece
Antes do corpo apodrecer?
Fico aqui pensando
E entre os cadáveres sonhando
Com um novo amanhecer...
X
"Ah, se o céu pudesse padecer...
Pela primeira vez iria sofrer
O que os apaixonados sentem,
Quando tem em sua mente
O suave brilhar cadente
De um morto amanhecer...
X
"Ah meu caro, porquê pensar?
Deixa a realidade,
Venha ao meu lado sonhar!
Esqueça essa frivolidade
Que é a realidade!
Pois não existe beleza mais pura
Do que aquela encontrada
Num leito de sepultura..."
("Sonho Evanescente", Conde Darkheart)